sexta-feira, março 11, 2011

Desmascarando o Carnaval

 
A "mulher maravilha" aí foi presa após se meter numa briga


Semana passada a jornalista Rachel Sheherazade foi o centro de muita polêmica, tudo isso por ter dito em seu programa, numa emissora paraibana,a sua opinião a respeito da festa de Carnaval. Virou um dos assuntos mais twitados e seu vídeo no youtube bastante visto e comentado. E para a minha surpresa, muitos assinaram em baixo, concordando tim-tim por tim-tim com Rachel.

            As críticas da jornalista paraibana não foram religiosas, geralmente os evangélicos são os que mais bombardeiam a “festa profana”. Rachel Sheherazade utilizou argumentos econômicos para desmestificar, por exemplo, o caráter popular do Carnaval. Segundo ela, a massa fica de fora de boa parte das festividades. É uma festa dos ricos e para os ricos. Camarotes vip’s e blocos que cobram uma fortuna por um abadá deixam isso bem explícito.

            Outro ataque é a respeito da economia, que muitos dizem girar e ajudar os pequenos comerciantes (vendedores de latinhas, churrasquinho e etc). “Carnaval só dá lucro para donos de cervejaria, para proprietários de trios elétricos e uns poucos artistas baianos. No mais, é só prejuízo.” Dispara Sherazade. E mais uma vez ela está com a razão. Aqui no Recife, vários ônibus são depedrados por foliões, ou melhor, vândalos, que prejudicam milhares de trabalhadores que já sofrem com uma frota reduzida e terão de se espremerem ainda mais.

            Rachel também se revolta com a quantidade de ambulâncias a disposição de bêbados, enquanto que no dia-à-dia essas mesmas ambulâncias não estão disponíveis para o cidadão de bem. O policionamento também é reforçado, por conta da imensa violência. Imagens de brigas em blocos de várias cidades, como Olinda e Salvador foram noticiadas. Mas onde está a polícia para conter a violência diária nas grandes cidades? Como eles fazem para sumir com tantos PM’s? É mesmo uma questão intrigante.

            Como contribuinte, também fico indignado de saber que a máquina pública desembolsa milhões em impostos arrecadados nessa festa que no fim das contas não é nada boa para os brasileiros. Só que infelizmente a maioria nem se dá conta disso. Deslumbrados com o velho “pão e circo” acabam achando tudo as “mil maravilhas” e contando os dias para que no próximo ano comece tudo de novo. Afinal, moramos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Mas que beleza!

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