quinta-feira, julho 28, 2011

O Ícone do Extremismo


Templário 2083, assim se denominava o assassino que colocou suas ideias em um manifesto de 1500 páginas na internet.

Um país pacato, rico e civilizado foi maculado por um louco extremista que assassinou 76 pessoas. Anders Behring Breivik, acredita ser um novo cruzado à combater os muçulmanos e livrar o mundo ocidental da influência islâmica. Porém, por mais insano que seu ato tenha sido, existem pessoas dispostas a reverenciá-lo e apoiar a sua causa.

Existem partidos de extrema-direita e organizações que disseminam a intolerância religiosa, a xenofobia e o preconceito racial, sobre tudo contra negros e latinos. Na Itália, o eurodeputado Mario Borghezio disse que o assassino norueguês tinha ideias muito boas, algumas até ótimas. Borghezio pertence a Liga Norte, que apóia o primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Já na França, Jacques Coutela, membro da Frente Nacional, outro partido de extrema-direita, escreveu em seu blog que Breivik é um ícone e um grande defensor da Europa. Coutela chegou a comparar o homicida a Carlos Martel, que barrou a expansão árabe no século VIII. Após várias críticas retirou o texto e disse que não foi ele quem escreveu tamanho absurdo.

O Ocidente adora inculcar a imagem do extremismo associada ao islã. Ditos cristãos, não seguem o conselho do Mestre no qual é preciso primeiro remover a trave que está em seu olho antes de apontar para o cisco que está no olho do seu semelhante (Mateus 7: 3-5). Há extremismos na civilização européia, e nas últimas décadas vem crescendo os adeptos.

Não há diferença entre um fundamentalista da Al-Qaeda e esses defensores de ideais xenofóbicos. Tal como os nazistas, tentam encontrar um bode expiatório para culparem em épocas de crise. Breivik pode até ser insano, mas seus ideais não foram criados por eles, ele apenas compilou o que muitos outros disseram, mas que não foram capazes de chegar onde ele chegou.

Entre seus ídolos estão Carlos Martel, Vlad Tepes e Jacques de Molay (o último Templário)

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