Alguns intelectuais falam
mal das redes sociais. Consideram ferramentas fúteis e não aderem a essa febre
que tomou conta do mundo e dos brasileiros. Ora, ora, até o Aurélio já cedeu! Tuitar
agora é verbete da nova edição do dicionário mais popular do Brasil. Não nego
que existe muita coisa desinteressante, mas há um lado muito positivo nessas
ferramentas que não devemos deixar passar despercebido.
As redes sociais e
microblogs estão sendo muito úteis na cobrança por uma política que seja
funcional e voltada para o bem da sociedade. Isso é fascinante, pois por muito
tempo o eleitor resumia esse papel apenas quando ficava na frente da urna pra
votar. Hoje, milhares, ou melhor, milhões de pessoas debatem, cobram,
satirizam, revoltam-se e interagem com a nossa política. Maravilhoso!
E tem dado resultado. A
pressão popular, principalmente contra a corrupção, fez surgir, por exemplo, a
Lei da Ficha Limpa. É bem verdade que no fim muitos burlaram e vários pilantras
conseguiram se eleger na eleição passada. Mas foi dado o alerta:
- Estamos de olho no
Congresso Nacional!
- Te liga senado!
- Ei, você que sobe a
rampa aí, fica esperto!
A mobilização feita pela
internet ganha as ruas e gera passeatas de protesto. Há dois dias aconteceu um
em Passo Fundo (RS), em frente à câmera dos vereadores. Tudo começou através de
uma página do Facebook que conta com mais de 4,5 mil pessoas. Semelhantemente
aconteceu em Cinelândia (RJ), onde mais de 2.500 pessoas fizeram um Ato contra
a Corrupção. Estão cada vez mais freqüentes tais realizações. E que se
intensifiquem mais!
Acompanhamos recentemente
a chamada “Primavera Árabe” que aconteceu na Tunísia, Egito, Líbia e etc.
Começou assim e terminou na forma como conhecemos. Claro que o nosso contexto é
outro, não estou querendo dizer que podemos chegar ao nível de uma guerra civil
como tem acontecido nessas nações africanas. Digo que mudanças estão
acontecendo e mais podem acontecer. Basta continuar fiscalizando nossos
representantes:
#ReformaPolíticaJá!
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