A Revista Veja dessa
semana trás uma matéria de capa que fala sobre os custos da corrupção. Segundo
um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), nos últimos dez anos foram surrupiados dos cofres públicos uma soma
estratosférica de R$ 720 bilhões. Por ano dá R$ 82 bilhões, equivalente a 2,3%
do nosso PIB.
Já pensou no que poderíamos
investir com essa grana? Quantas melhorias? Saúde, Educação, Segurança...Tudo
seria tão diferente...Mas não dá pra vivermos de sonho. A corrupção existe e
não é uma exclusividade dos nossos políticos malandrões. Ela está tanto na esfera
pública quanto na privada. Está presente nas ações cotidianas de muitos
brasileiros. É lamentável, porém é um fato.
Todos nós conhecemos o
chamado “jeitinho” e é justo ele que nos ferra. Essa mania triste de querer
tirar vantagem sem esforço, o famoso “passa à perna”. Falamos dos políticos e
esquecemos que furamos fila, não devolvemos o troco que nos foi dado a mais, pagamos
suborno aos agentes de trânsito para não sermos multados e por aí vai...
Devemos encarar a
realidade e ver que a corrupção mata. A saúde é o setor campeão dos desvios,
são mais de R$ 2 milhões anualmente, e as pessoas padecem em hospitais caindo
aos pedaços e sem o devido atendimento partem dessa para “uma melhor” (pelo
menos é o que esperamos). Desviar alguns trocados e alguns milhões tem a mesma
essência.
Se adotássemos os
valores morais que demagogicamente propagamos, não estaríamos nessa desonrosa
posição, que é a de se encontrar entre as nações mais corruptas do globo. Não
adianta somente fazer passeatas e manifestações em redes sociais. Temos que
mudar de postura e acabar com essa malandragem que é bem mais que um
estereótipo. É um câncer mortal, e as vítimas dessa peste, pasmem: somos nós.
estamos de luto....
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