Eu
num tô doente não Sinhô.
O
que eu sinto é saudade!
Eu
num sou daqui, dessas terras.
Meu
clã tá bem dispois desse mar.
Minha
gente num é essa gente branca.
Essa
gente que me olha como bicho.
Sou
tão homi quanto vassuncê.
Mas
viver eu num quero mais,
Quero
fazer a passage em paz.
Assim
acaba essa dor no peito...
Eu
num tô doente não Sinhô.
O
que eu sinto é saudade!
Linda poesia! Um diálogo triste em seus versos! Vejo a saudade, a dor, a desistência em busca de paz, ainda assim ato heróico, querer partir, apenas para não mais sofrer, partir para ser feliz! Embora abolida a escravidão, o sofrimento jamais acabou... Ficaram as marcas, tristes marcas que nunca haverão de cicatrizar! Bravo jovem poeta! Bravo!
ResponderExcluirSaudade que quando se olha no horizonte reflete liberdade, liberdade que põe fim a depressão de viver numa solidão longe do seu torrão! Bela poesia.
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