quarta-feira, novembro 23, 2011

Você não vale nada, mas eu gosto de você.



Puxa, faz tempo que estou tentando arranjar tempo para escrever sobre isso! Mas sabe como é né? “Time is Money” meu compadre, o negócio não tá fraco. O mundo está de ponta cabeça e eu não vou ficar de braços cruzados esperando essa “marolinha” virar tsumani. Se os próprios yankes estão protestando contra o Capitalismo é porque a coisa é séria.

Inspirados na “Primavera Árabe” os protestos ocorridos há dois meses em New York City (centro financeiro global) denominado “Ocupe Wall Street” parecem estar longe de acabar. O que começou no coração de Manhattan, se espalhou por outras dezenas de cidades norte-americanas onde os gritos: “somos os 99%” ecoam. Mas afinal o que eles querem? O fim do Capitalismo? Será?

Após três anos de crise, a maior desde o “Crack de 1929”, os cidadãos dos EUA vêem as desigualdades econômicas aumentarem em proporções alarmantes. Enquanto o chamado 1% com o seu cassino financeiro , acumula e lava dinheiro, a sociedade convive com o desemprego e a queda vertiginosa dos salários. Essa é a motivação para tanta raiva. Eis o gênese das manifestações.

Há séculos que o Sistema Capitalista promove desigualdades, na verdade faz parte da sua origem. Só que os norte-americanos estavam ocupados demais dirigindo os seus automóveis e destruídos com seus cacarecos eletrônicos pra perceber. Agora não: É como se tomassem o brinquedo de uma criança. Estão todos contrariados. O sistema que antes era idolatrado por empregar, gerar mais trabalho e o dito progresso não está mais atendendo a expectativa do  “Americam Dream”.

Os esquerdistas de plantão estão com um sorriso de orelha a orelha. Eles querem ver é o circo pegar fogo. Mas que eles não se iludam. O Capitalismo agoniza, porém não morrerá. Ouvi em algum lugar alguém dizer que as causas marxistas não vão pra frente porque o sonho de todo proletário é ser burguês. Não é mentira. Os chineses não me deixam mentir. Protestamos contra o sistema, todavia corremos feito loucos pra fazermos parte dele e colocarmos “dim-dim” no bolso. Sílvio pergunta: “Quem quer dinheiro”? A galera responde: “Eu!”

Por isso o título: Você não vale nada, mas eu gosto de você. Esse forrozinho que estourou por ser trilha de novela coube como uma luva nessa temática. Queremos sair dos 99% e migrar pra o seleto 1%. E boa parte não quer nem trabalhar pra isso. Dinheiro fácil. Vida fácil. Difícil é pensar em equidade quando tem dinheiro na jogada. Infelizmente é a realidade... O lema do mundo é o seguinte: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.


O Cartaz diz: Este sistema financeiro é responsável pela maior parte da pobreza e sofrimento neste planeta.
Só agora que eles perceberam isso?


5 comentários:

  1. Nossa! vc se superou nessa Thiago! seu melhor artigo d todos os q ja li! alias, um dos melhores artigos q ja li! talvez vc ate ache exagero de minha parte e diga q sou suspeita! mas expanda e observe a reação d quem os lerá! Vc coneguiu colocar em pauta a situação do momento... a crise, traduzindo o q todos pensam, sem q ficasse apelativo, com pitadas d humor e ironia na medida certa! traduzindo! adorei... estou boquiaberta =O

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  2. obg Vevé...não sei se é o melhor...mas sem falsa modéstia, eu gostei do resultado....

    Valeu "Number One"!

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  3. Pois é Thiago, bom artigo. Mas é como você disse no texto: " Todo proletário quer ser burguês , não tem esse, o PT que nos diga. O capitalismo ( infelizmente não acabará ) é feito aquele samba de Nelson Sargento: " Trinca mas não quebra..."

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  4. esse sim é um verdadeiro Conspirador....rsrsrs
    Valeu Hangner!

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  5. Pois é meu caro Thiago, os esquerdistas estão felizes mas será que eles tem alguma alternativa? A coisa tá preta mesmo. Gostei do artigo.

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