Quem diria? Logo ele, o autor infantil mais
aclamado pelo público e mídia do nosso país, mostra que é um legítimo racista
(de carteirinha, como diz o povão). É Lobato, quem te viu quem te vê. Racista
incisivo, daqueles que fala as coisas na lata, sem ficar dando voltas. Para o
pai da Narizinho, o negro é uma raça inferior que faria um bem a todos se
sumisse da face da Terra.
Não acredita? Então leia o único
romance escrito por ele: O Presidente Negro (primeiramente publicado como O
Choque das Raças). Uma ficção ambientada nos Estados Unidos no ano de 2228.
Nessa obra, Monteiro Lobato, maravilhado com a Eugenia, conta a história de
como um negro vem a se tornar presidente dos EUA, e como os brancos reagem de
maneira sagaz e inteligente.
Os negros do séc. XXIII, de acordo com
o livro, conseguiram obter uma aparência de branco, frustrados apenas por não conseguirem
alisar os cabelos encarapaçados de tuím (palavras usadas por Lobato). Eles
quase se passariam por um branco, se não fossem os cabelos. É quando um notável
cientista (branco) descobre como desencarapassar os cabelos afros e deixa-los
lisos e sedosos. Logo 97% da população negra vai até os postos de alisamento
felizes da vida e com o ego elevadíssimo. Eram brancos agora, genéricos mas
eram. Só que aí estava o grande plano branco: O processo de alisar os cabelos
afros servia para esterelizar os negros e fazê-los gradativamente sumirem. Eis
o triunfo da raça superior!
As ideias de Francis Galton foram
totalmente assimiladas por Lobato e mais uma leva de intelectuais brasileiros
que viam os problemas sociais do nosso país sobre a ótica eugenista. Para eles
todo o problema estava na mestiçagem. Em São Paulo, o Comitê Central de
Eugenismo lutava para impedir a imigração de não-brancos e uma campanha contra
os relacionamentos interraciais.
Galton, primo de Darwin, defendia uma
seleção artificial só entre os mais aptos. Por exemplo: Se pegassemos o
espermatozóide do melhor nadador do mundo, detentor de todos os recordes
mundiais e o óvulo da maior nadadora, nasceria um bebê que nadaria melhor que
muito peixe.
Não precisa nem falar que essa pseudociênca
apenas servia para externar os mais diversos tipos de preconceito, e como
Hitler se apegou a ela para defender o seu ideal da Pura Raça Ariana. Teve que
acontecer o holocausto para que o eugenismo caísse em descrédito.
Esse seu texto é excepcional....deveria estar nos livros didáticos!!!
ResponderExcluirInformação necessária pra desmascaras alguns vermes que são venerados em nosso país.