sexta-feira, março 30, 2012

Faça Justiça, ao contrário do STJ


“Justiça: Sistema de leis legalizando a injustiça.” Essa é uma das inúmeras frases do genial Millôr Fernandes, que morreu na última terça. Porém um fato ocorrido um dia após a sua morte parece nos mostrar que seu pensamento está mais vivo do que nunca. Seria uma homenagem? Nada disso. Millôr era um cara extremamente engraçado, e isso não tem a menor graça.

Pra quem não sabe do que estou falando: refiro-me a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que definiu que apenas o bafômetro ou exame de sangue podem ser levados em conta em processos criminais envolvendo acidentes. Pois é amigo, pra atestar que o cidadão é um “manguaceiro ao volante” ficou difícil.

A Lei diz que a pessoa que tiver seis decigramas de álcool por litro de sangue não pode dirigir, e se assim o fizer, está assumindo o risco de matar alguém. Portanto o carro é uma arma e o “bebum” um criminoso. A pena para este crime varia de seis meses a um ano. Mas aí é que está: Pra comprovar que o camarada bebeu, só soprando no bafômetro ou deixando que coletem seu sangue. E qualquer pessoa pode se recusar a fazer isso.

Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Se o depoimento de outras pessoas não servirem pra atestar que o sujeito estava embriagado, então o que atestará? O STJ está contando com a honestidade do bêbado:

- Bebi sim, “Seu Poliça” pode me algemar e me prender que eu mereço...se quiser que eu sopre o “bafômero” eu sopro...Sou pinguço, mas sou justo.

Temos que ir além das críticas e pressionar o Congresso Nacional para mudar a Lei Seca, e assim fazer com que ela não tenha mais essa “brecha” que leva a impunidade. Rafael Bratesca teve a mãe e irmã mortas atropeladas por um carro em alta velocidade. O atropelador, Marcos Alexandre Martins, que segundo testemunhas estava completamente embriagado recusou-se a fazer o teste do bafômetro. Rafael criou então o “Não Foi Acidente”.

Através do site do NFA, você pode assinar uma petição pública e exigir mais rigor na punição do criminoso que toma todas na balada e volta pra casa pilotando sua “máquina mortífera”. Basta ter em mãos seu título de eleitor. O Batedeira apóia essa causa e divulga o link. Assine e espalhe pelas Redes Sociais.

Um comentário:

  1. Muito bom vc divulgar isso aqui no seu blog...Estou em total acordo, já se fez muita camapanha educativa e publicitária com o lema "se beber não dirija", mas teimam em fazer isso...Mais rigor sim pra punir quem faz isso...5 anos de cadeia em regime fechado pra quem mata no trânsito por está alcoolizado ainda é pouco, comparado ao valor da vida de uma pessoa inocente que foi tirada.

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