domingo, outubro 21, 2012

O Bom Ateu (ou o Bom Homossexual)



Jesus entrou numa igreja evangélica, pentecostal, centenária, brasileira e começou a ensinar a cerca do amor, conceito que todos ali desconheciam ou não entendiam muito bem. Daí então um presbítero, que também era superintendente da Escola Bíblica Dominical naquela congregação, abordou o Mestre com a seguinte pergunta:

- O Senhor fala de amor ao próximo, mas quem é o meu próximo?

Jesus lhe respondeu contando-lhe a seguinte parábola: “Certo homem, que trabalhava de motoboy numa determinada empresa, saiu do banco com um malote contendo uma  soma em dinheiro que serviria pra pagar as horas extras dos demais funcionários. Dois bandidos lhe abordam e o fazem entrar num carro. Lá dentro ele é brutalmente espancado, mesmo sem ter esboçado nenhuma reação. Os ladrões param o carro numa rua pouco movimentada e o jogam ali mesmo, desacordado e ensanguentado, em seguida fogem  com o malote de dinheiro e com a sua carteira.

Ocasionalmente, passou por aquela rua um Pastor midiático e viu o motoboy naquele estado, todavia, estando atrasado para gravar o seu programa semanal na TV, passou de largo. Da mesma forma um Teólogo, Doutor em  Escatologia Veterotestamentária, não socorreu o ferido porque iria palestrar numa conferencia nacional sobre Apologética. Mas um Ateu, que voltava da casa do seu namorado, chegou perto daquele homem e teve compaixão dele.

Descendo do carro, pegou a caixa de primeiros socorros e ali mesmo tratou suas feridas. Em seguida, o levou até ao hospital, passando a noite ali até obter boas notícias. Sabendo da melhora daquele pobre homem, deu um “agrado” ao enfermeiro de plantão e disse-lhe: 

-Já amanheceu e eu preciso ir. Isso é para que o senhor trate dele. Quando eu voltar, para saber se vai ter alta, lhe dou um pouco mais. Até breve.”

Jesus ao terminar sua narrativa, vira-se e olha para o seu questionador:

- Qual dos três foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos criminosos?

- O que teve compaixão dele - respondeu o presbítero.

- Faça você o mesmo - e com esta sentença, Jesus encerrou aquela conversa.

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