Ser escravo é ser privado da liberdade. É não ter domínio sobre a própria existência. É ser obrigado a agir contra a sua própria vontade. Como sou formado em História, a questão da escravidão sempre se fez presente em meus estudos. No Brasil e no restante da América, esse processo se deu de uma forma que, quando se fala em Escravo, pensa-se em negros, e quando se fala em Senhor, pensa-se em branco.
Interessante é que desde os primeiros registros do homem em sociedade, a escravatura se faz presente. E obviamente a cor não era fator determinante pra transformar um homem livre em cativo. Vemos na Bíblia, os hebreus sendo escravizados no Egito e depois na Babilônia. Temos os documentos dos escravos gregos e romanos, muitos eslavos, escandinavos, anglos-saxões, celtas. Todos estes de pele branca e olhos claros. Na África, Senhores e Escravos, ambos eram negros.
Mas não estou aqui pra fazer análise histórica sobre essa horrenda prática que só mostra o quanto os seres humanos são perversos e autodestrutivos. Pensei nesse tema por ter lido ,ontem a noite, essa pequena porção das Escrituras:
Prometendo-lhes liberdade, eles mesmos são escravos da corrupção, pois o homem é escravo daquilo que o domina. (2Pedro 2:19).
Pedro aqui fala de homens que estão vivendo e pregando uma falsa liberdade. Que oferecem “caminhos alternativos” pelos quais atravessar parece muito fácil, só que quase nunca dão em lugar nenhum, e quando dão, levam a pessoa para a beira do precipício. Aí já era! Fim da linha. "O homem é escravo daquilo que o domina". Pois bem, façamos uma listagem daquilo que nos amarra. Daquilo que parece muito bom e acaba tornando-se um empecilho para o nosso bem viver.
São tantas coisas: A democracia e o liberalismo, por exemplo, acabaram gerando essa sociedade de consumo que passa por cima de tudo e todos para obter os mais luxuosos produtos. O "amor e a paz" pregada pela geração "riponga" das décadas de 1960, converteu-se em libertinagem e gerou efeitos negativos em muitas famílias. E as drogas? Tanto lícitas como ilícitas, prometendo as melhores "viagens", as melhores sensações e uma felicidade surreal, são elas, as principais tiranas e dominadoras.
Vejo muitos discursos, principalmente entre os jovens, de que vivem da forma como querem. São os autodenominados "vida louca". Entupindo-se de álcool, entregando-se precipitadamente a qualquer rostinho bonito que aparecer pelo caminho. Curtindo a vida a mil por hora, sem se dar conta de quanto maior a velocidade, maiores são as consequências do impacto. Falando nisso, ainda jovem fui impactado por Jesus, seu poder, palavra e ações. Vejo que n'Ele fui liberto. Não quero mais viver cativo.
Em Lucas 4:18, o Mestre diz que veio trazer libertação aos presos e oprimidos. Quase ninguém quer acreditar nisso, porque a Religião vem fazendo o oposto ao longo dos séculos. A mesma Igreja que diz ser Cristã, é a mesma que foi conivente com a escravatura e outras atrocidades desumanas. Ainda hoje, homens e mulheres são escravizados pela religiosidade e legalismo. E isso é péssimo. Na verdade, o Evangelho é uma estrada que vai na direção contrária de muitas igrejas. E eu vou seguindo na contra-mão do Cativeiro amparado por essas palavras de Paulo aos gálatas:
Foi para liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se submetam novamente a um julgo de escravidão. (Gálatas 5:1).
Nenhum comentário:
Postar um comentário