Universitários
sim, porém considerados analfabetos funcionais. Assim foram considerados
38% dos estudantes brasileiros que estão espalhados pelas
instituições de ensino superior de todo o país. Os dados foram
divulgados pelo Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa.
Mas o que vem a ser um analfabeto funcional? Simples: são pessoas
que sabem ler e escrever, porém não assimilam as informações do
que escrevem ou lêem. Isso demonstra que o crescimento da
escolarização de nossa sociedade, à nível de enriquecimento
intelectual, é efêmero.
Há muita
propaganda do Governo Federal em cima da facilidade ao ingresso da
população mais pobre as Universidades, coisa que até bem pouco
tempo atrás era privilégio das classes A e B. De fato, programas de
incentivos,tais como o PROUNI, FIES e similares, facilitaram o
processo de entrada ao ensino superior, mas não garantem uma
formação de qualidade. As instituições privadas são as que
recebem mais alunos “contemplados” nesses programas. Geralmente,
essas faculdades estão preocupadas apenas com o lucro e não com a
aprendizagem. E por fim quem sai no prejuízo é o aluno, que tem o
“canudo” na mão, porém acaba o curso tão perdido como quando começou.
Lembro
quando estava no último ano do Ensino Médio e havia toda aquela
tensão para enfrentar o Vestibular. Havia um mercado de “cursinhos”
muito forte. Eram caros, com professores estrelinhas que na véspera
das provas davam os seus “bizús” e diziam que tal e tal questão
ia cair. Hoje esse cartel está bastante enfraquecido, o mercado
do pré-vestibular já não é tão rentável como há 10 anos atrás,
quando o negócio “bombou”. Atualmente, o bom para os “mercadores
da educação” é abrir uma faculdade numa galeria qualquer,
oferecer cursos de Administração, Contabilidade e Marketing e ver a
“grana” rolar solta...
O grande
X da questão,porém, continua sendo a Educação de Base. Aquela que
começa muito cedo, ainda na infância. Se essa for ruim, todo o
resto fica comprometido:Teremos dados enganosos e propagandas
celebrando o aumento do nível de escolaridade do nosso povo.
Todavia, basta chegar o período de eleições pra perceber que o
descaso com a Educação de nossa gente é proposital. Os jingles
políticos parodiando “eu quero tchú, eu quero tchá” dão uma
mostra de que eleitor bom é eleitor burro. Epa, burro não:
Analfabeto Funcional.
suspeitei desde o princípio...
ResponderExcluirLamentável...