Com o fim
dos Jogos Olímpicos sedeados em Londres, o Rio de Janeiro passa a
ser a Cidade Olímpica. O que esperar dos Jogos aqui no Brasil? Bem,
eu espero que haja uma infra-estrutura satisfatória, pois medalhas
não podemos cobrar dos nossos atletas. Talvez a seleção masculina
de futebol mereça uma cobrança maior, já que são todos
profissionais e milionários. Mas o que esperar das outras
modalidades, onde se treina sem material e em locais inadequados? E
mesmo assim esses atletas ainda conseguem o índice para participar
das Olimpíadas e pra nossa surpresa e orgulho, sobem ao pódio e
fazem história.
Eu,
particularmente, vibrei muito mais e acompanhei com mais intensidade
os Jogos de Pequim. Foram muitas decepções em Londres. A própria
seleção de futebol foi uma. Uma pena termos perdido o ouro, méritos
para o México que foi muito superior a nossa canarinha. Cielo não
nadou aquilo que ele pode e foi o terceiro colocado na prova dos 50m
livre. Maurren Magi, não manteve seu título e ficou fora das finais
do salto em distância. E no salto com vara, Fabiana Murer foi
desclassificada e reclamou do vento.
Mas
também fiquei feliz em muitos momentos. Já pra começar, adorei ter
visto os jornais globais noticiarem os jogos por fotos ou quando em
imagem, tendo que colocar que estas foram cedidas pela Record. E em
2016, em pleno Brasil, a exclusividade continuará com a rede do
Bispo Macedo. Outros motivos felizes foram as medalhas nada esperadas
de Arthur Zanetti, Yane Marques e os irmãos Falcão.
Aos 22
anos, Zanetti, natural de São Caetano do Sul-SP, sofreu uma série
de lesões nos últimos nove anos e treinava com aparelhos fabricados
pelo pai de maneira improvisada. Tornou-se um gigante ao conquistar a
medalha de Ouro nas argolas. Foi a primeira medalha da ginástica
Brasileira em toda a história dos jogos. Feito inédito e
emocionante. Outra emoção foi ver a sertaneja Yane Marques, filha
da metrópole do Pajeú, Afogados da Ingazeira, conquistar o bronze
numa das modalidades mais difíceis: O pentatlo moderno. E o boxe?
Esse não trazia uma medalha para o país desde 1968. Porém saímos
com três em Londres. Yamaguchi e e Esquiva Falção (bronze e prata)
e ainda a brasileira Adriana Araújo, terceira colocada entre as
mulheres.
Uma
constatação é: Somos o país do vôlei. Em todas as modalidades,
quadra e areia, feminino e masculino, subimos ao pódio. Que isso
sirva para mostrar que nem só de samba e futebol se faz uma nação.
Os EUA, que terminaram com 104 medalhas no total, aliam esporte e
educação. Garotos e garotas são incentivados à prática esportiva
na expectativa de assegurar vagas nas melhores universidades. Por
isso afirmei no começo do texto: Não cobrarei dos nossos atletas
daqui há 4 anos. E espero que você também não cobre. Vamos direto
aos culpados. Vamos protestar e mudar esse quadro. Dia 7 de Outubro
ocorrerá as eleições municipais, já podemos fazer nossa parte
votando consciente.
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