"Nosso afã de impressionar a Deus,nossa luta pelos méritos de estrelas douradas,nossa afobação por tentar consertar a nós mesmos ao mesmo tempo em que escondemos nossa mesquinharia e chafurdamos na culpa são repugnantes para Deus e uma negação aberta do evangelho da graça."
Brennan Manning
É estranha essa busca por perfeição que todos nós promovemos. Esse “nós” a quem me refiro são os cristãos. Quase sempre tão altivos e hipócritas, costumamos ver e apontar os defeitos dos outros, mas nunca interiorizamos esse olhar pra ver a “podridão que habita em nós”. Somos como sepulcros caiados (Mt 23:27) medindo a espiritualidade por fatores externos e irrelevantes , quando se é levada em consideração a questão da Graça Divina. É desse jeito que vivenciamos as Boas-Novas? Essa neurose perfeccionista é extremamente prejudicial ao nosso relacionamento com o Criador.
É estranha essa busca por perfeição que todos nós promovemos. Esse “nós” a quem me refiro são os cristãos. Quase sempre tão altivos e hipócritas, costumamos ver e apontar os defeitos dos outros, mas nunca interiorizamos esse olhar pra ver a “podridão que habita em nós”. Somos como sepulcros caiados (Mt 23:27) medindo a espiritualidade por fatores externos e irrelevantes , quando se é levada em consideração a questão da Graça Divina. É desse jeito que vivenciamos as Boas-Novas? Essa neurose perfeccionista é extremamente prejudicial ao nosso relacionamento com o Criador.
Fazemos de tudo para
repassar a imagem do forte, do grande, do imbatível, do impecável e do fervoroso.
E por que isso se as Escrituras nos ensinam a termos uma atitude oposta? Por
que não reconhecer a nossa pobreza de espírito (Mt 5:3)? Paulo, o maior teólogo
e missionário do primeiro século da Era Cristã por mais de uma vez em suas
cartas tenta deixar bem claro o quanto ele é pequeno e fraco. Aos coríntios ele
diz que é o menor dos apóstolos (1Co 15:9). Aos de Éfeso também se declara o
menor, só que dessa vez entre os santos (Ef 3:8). E ao seu pupilo Timóteo
apresenta-se como sendo o pior dos pecadores (1Tm 1:15).
Uma outra passagem
interessantíssima da Bíblia é a parábola contada por Jesus a cerca do Fariseu e
do Publicano, ambos subiram até o templo para orar. O primeiro se vangloriou por
não ser como os demais homens - incluindo o Publicano que estava ao seu lado - e
começou a listar todos os seus atos religiosos. Já o segundo batia no peito e
clamava por misericórdia, pois reconhecia que tinha muitos pecados. Jesus então
diz que o Publicano foi justificado e explica o motivo: Aquele que se exaltar será
humilhado e o que se humilhar será exaltado. (Lc 18: 10-14).
Está na hora de nos
colocarmos na dependência de Deus e se deixar levar pela correnteza de Amor e
Perdão que d’Ele emana. O Evangelho não é de forma alguma a “arte de não errar”
como diz um velho amigo. Todavia é a arte da confiança no Pai da Graça que te
ama com todos os defeitos que você carrega. Ele perdoou a mulher adúltera e a
livrou do apedrejamento. (Jo 8: 1-11). Antes de ela partir recomendou que não
pecasse mais. Porém as Escrituras me induzem a afirmar que se ela cometesse
outro delito, o perdão acolhedor de Jesus não mudaria em absolutamente nada.
Saber disso alegra meu coração.
De maneira nenhuma
estou fazendo apologia a uma “vidinha sem vergonha” onde se vive segurando o
catálogo dos pecados na mão e escolhendo qual deles consumar. Devemos evitá-los
e nos aperfeiçoarmos na Verdade que é o Cristo vivo. O que estou tentando dizer
é que querendo ou não, acabaremos caindo e quando isso acontecer podemos nos
levantar e voltar a andar na direção do Pai Celestial que ele nos acolherá. Não
importa o quão sujos estivermos. Ele nos fará entrar em seus aposentos e nos
dará vestes limpas (Lc 15:22). Continue fraco, pois o poder de Deus se aperfeiçoa
na fraqueza. Quando somos fracos, somos fortes (2Co 12: 9-10).
Puxa, Thiago...boa reflexão essa sua...
ResponderExcluirSejamos fracos então...