A Superação Nipônica

Todos observam o Japão. A imprensa mundial nos deixa informados a cerca da última catástofre que assolou os nipônicos.  As imagens vistas pela televisão falam por si. A força da natureza deixou seu rastro de destruição, sem falar no eminente perigo da contaminação radioativa. É mesmo uma desgraça! Mas gostaria de relembrar que eles já passaram por isso. E ainda deram a volta por cima.

O Japão deixou de ser uma localidade remota com uma sociedade de hábitos estranhos para a maioria dos ocidentais, tornando-se uma grande potência econômica. Composto de um arquipélago montanhoso, possuindo 188 vulcões em seu território, e que é regularmente atormentado por terremotos e furacões, acabou se tornando um império poderoso. Entre 1931 e 1945 já tinha anexado mais de 5 milhões de km² em seu território. A hegemonia na Ásia era mesmo espantosa, devido às péssimas condições geográficas da ilha, que é pobre em minerais, petróleo e metais preciosos.

Só que aí veio o fim da II Guerra e os ataques criminosos, onde em Hiroshima e Nagazaki os norte-americanos lançaram as bombas atômicas. Esse episódio, sem sombra de dúvidas, é uma das maiores tragédias da história, matando milhares de civis no momento do impacto, e deixando um saldo de mortes posterior ainda maior, devido a contaminação radioativa. Hiroshima era um importante pólo industrial e Nagazaki uma cidade portuária, de grande serventia para os tempos de guerra. O império nipônico assinou a rendição incondicional. Estavam perdidos, arruinados, mas não entregues. Estavam dispostos a reconstruir do zero.

Com a sua infra-estrutura em cacos, a indústria moribunda, e a população traumatizada pelo horror do ataque nuclear, o Japão trabalhou duro e em algumas décadas já era a Segunda maior economia do mundo. Além de crescer e disputar mercado com os Estados Unidos, ainda foi o motor que impulsionou a economia dos países do sudoeste da Ásia, os denominados “Tigres Asiáticos”.   A disciplina e o positivismo dos japoneses fizeram dessa nação, uma das mais admiráveis, e com isso, os seus produtos são sempre relacionados a boa qualidade, beirando a excelência.

Se antes olhávamos com estranheza para a “terra do sol nascente”, hoje celebramos elementos de sua cultura milenar e da sua cultura pop. Nos sentimos próximos e por isso sofremos a dor que eles padecem. Porém temos esperança que aquele povo venha se reerguer mais uma vez. A fé na superação nipônica é grande, e certo estou de que logo mais estarão celebrando mais essa vitória. E o resto do mundo aprenderá outra vez com os japoneses que: superação é uma construção coletiva.