Na TV e na internet estão as
cenas de guerra no Complexo do Alemão (RJ). Rajadas de bala, corre-corre,
exército armado até os dentes (Têm até
granada!) e medo. Muito medo. Assistindo aos noticiários a população fica confusa:
Não é este o lugar que foi pacificado? Que paz é essa afinal?
Há dez meses, a mídia lançou uma
imagem ilusória da política de pacificação dos morros cariocas. Não podemos
achar que esses lugares que passaram décadas sob o domínio do tráfico agora
tenham se tornado um ambiente de perfeita harmonia sem drogas e sem bandidagem.
Existem muitos criminosos
resistindo à ocupação do que eles consideram seus domínios. Devemos lembrar
também que uma boa parte dos moradores cresceu e conviveu com a influência
desses bandidos que ditaram a regra local. Na visão de muitos habitantes desses
morros, as forças coercitivas estatais é que são os vilões. São vistos como corpos
estranhos por aquelas bandas.
A política pacificadora está em
andamento, não foi e nem será concluída do dia para noite. A conjuntura é a
mais complexa possível, e pode levar anos até chegar a um resultado
satisfatório, porém ideal jamais. A criminalidade vai continuar existindo, a
drogatização também, pois são sintomas de cinco séculos de desigualdade.
Sabe o que é engraçado? É
comemorar a independência nesse contexto caótico. Uma data fabricada, num dia
que não teve relevância durante o processo de emancipação. E o nosso povo ainda
cativo: Preso a este sistema corrupto que não atende as necessidades básicas
para que a sua população viva com dignidade. Nunca raiou a liberdade no
horizonte do Brasil.
Continuamos "deitados eternamente em berço explêndido". É que a mídia fez o papel dela, passar uma imagem "positiva" ao gosto dos políticos. O Rio vai sediar as olímpíadas de 2016, tem que ter notícias positivas pra maquiar as mazelas. Mas o povo é que escolhe ser refém. Refém dum sistema perverso, cruel, corrupto. A "Independência" poderia até ter um significado, mas de quê? Afinal somos dependente desse sistema que nos escraviza. Como seria ideal que tudo funcionasse plenamente. É certo que a maldade sempre existiu e nunca vai dexar de existir, mas continuo insistindo que nós temos culpa em parte destas mazelas, levantemo-nos do berço explêndido e reinvindiquemos o que nosso direito.
ResponderExcluirCorrigindo...
ResponderExcluirÉ certo que a maldade sempre existiu e nunca vai deixar de existir, mas continuo insistindo que nós temos culpa em parte destas mazelas, levantemo-nos do berço explêndido e reinvindiquemos o que nosso direito.
Boa Edimilson...Valeu pelo acréscimo...
ResponderExcluirUm abraço!!!
Comentar mais o quê? Comemorar independência, reinvidicar direitos é mais ou menos parecido com a falsa impressão que nosso país é de primeiro mundo e que é uma potencia mundial. Claro que recorrendo a geografia, história, sociologia, iremos encontrar um país imenso, com uma rica história e de um povo guerreiro e que não desíste nunca. Confesso que apesar de viver a mensagem do Evngelho, recheada de esperança e paz, não acredito em mudanças radicais para o bem, pois o homem apesar de seus avanços tecnologicos, avanços na informatização está neste século 21 muito, mais muito pior moralmente, fazendo-me lembrar de uma canção de Cazuza, que dizía mais ou menos assim: TRANSFORMAM UM PAÍS INTEIRO NUM PUTEIRO, POIS ASSIM SE GANHA MAIS DINHEIRO... Caros amigos, o ser humano precisa urgentemente aprender a ser HUMANO!!!
ResponderExcluirÉ Luís, já dizia Hobbes: "O homem é lobo de si próprio"
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