Sempre que trato assuntos
políticos/partidários gosto de frisar que não sou filiado a nenhum deles. Costumo
votar em branco e sou inclinado ao anarquismo, mesmo tendo consciência da
utopia de colocar tal conceito na práxis social. Essa ressalva é um mecanismo
de defesa contra leitores anencéfalos que acham que sabem ler as entrelinhas,
quando na verdade distorcem e acusam sem fundamento, o que é bastante esperado
no caso das marionetes de partido, que como um auditório de programa ao vivo, aplaude
quando a plaquinha sobe dando a ordem para que aplaudam.
Dado os devidos esclarecimentos,
vamos ao que interessa: As Prévias do PT para escolher qual será o candidato na
disputa das eleições municipais em Outubro. Detalhe: a atual gestão na capital
pernambucana é petista. Mas João da Costa, contrariando a lógica, foi impedido
de lançar a sua candidatura a reeleição. O deputado Maurício Rands, está de
olho na fatia desse bolo, ainda mais num mandato que irá sediar a Copa das
Confederações e a Copa do Mundo. Existe um melhor trampolim eleitoral que este?
O confronto entre os dois foi
rodeado de acusações de fraude, intervenções do Judiciário e uma pitada de
lavagem de roupa suja na imprensa. João levou a melhor na apuração, mas seu
calvário continuou, pois o resultado não foi homologado. Rands chegou a dizer
que se seu adversário fosse o escolhido, haveria um racha irreversível no PT,
pois João Paulo, ex-prefeito recifense por dois mandatos, não subiria em um
palanque com o seu xará. O deputado afirmou ainda que a coligação ruiria, e 6
candidaturas alternativas entrariam no páreo.
Há poucas horas, saiu à decisão da
Executiva Nacional: as prévia do último domingo foi anulada e uma nova consulta
foi remarcada para o dia 3 de Junho, adiando a agenda de infelicidades petista
e dando um “prato cheio” para os opositores já irem organizando o guia
eleitoral coletando frases dos próprios petistas metralhando uns aos outros como,
a de Cláudio Ferreira, dizendo que João da Costa é obcecado pelo poder e “pisaria
até na mãe” pra não deixar o cargo ou a de Fernando Ferro, que questionou o
caráter de Maurício Rands.
Mediante tanta baixaria - típica
do programa Casos de Família, exibido pelo SBT durante as tardes - fico a me
perguntar: Quando a política brasileira mudará esse seu caráter obsceno? E
quando a sociedade vai despertar e não mais tolerar essa torpeza de valores?
Esse lamentável episódio me fez lembrar Cazuza. E com seus versos finalizo, ao
mesmo tempo em que desabafo: “Não me
convidara pra esta festa pobre que os homens armaram pra me convencer. Apagar
sem ver toda essa droga que já vem malhada antes de eu nascer…”
Pois é...
ResponderExcluirÉ o Brasil mostrando a cara e quais são as suas prioridades.
Que pena que é a da corrupçao e a falta de respeito.
Só resta saber até quando...
até quando?
ResponderExcluirvixe...infelizmente irá durar por muuuuuuito tempo...