segunda-feira, outubro 08, 2012

O PT agora volta as origens?



A Política, esse Monstro, odiado, amado, vilipendiado, mas vital para a convivência social, para o bem ou para o mal, todos têm que conviver com Ela. Os mais avessos, os que mais a negam, são exatamente os que mais a exercem, convivendo e posicionando-se de forma contraditória e quase sempre reacionária. É esta vida em Sociedade, com suas regras que se consubstancia a essência da dependência política.

O PT desde o seu surgimento até mais ou menos atingir o auge do Poder no Brasil, com grande influência dos Movimentos da Igreja Católica, tinha na Organização a sua grande força, provando para os descrentes que a Massa Organizada é o maior impulso para o avanço Político da Sociedade como um todo. Esse crescimento se deu de forma paulatina, onde os Trabalhadores em geral, viam em seus Líderes, seus verdadeiros representantes. Bem ou mal, bem espelhado ou não, o Movimento de Massas cresceu através da Luta Sindical e se irradiou por outros setores de Classe Média, como Estudantes, Professores e o Funcionalismo em geral.

 Finalmente, não por descuido ou menosprezo de setores dominantes da Burguesia Nacional e Internacional, mas por tácito Acordo com o PT, egresso de um Movimento de Massas, o cetro máximo da Governabilidade do País é assegurado pelo Partido dos Trabalhadores. Para um Grupo de Políticos mais à esquerda do Partido, houve uma negociata de Princípios básicos, com uma debandada de Seguidores, para outros, havia a necessidade de Construção da Governabilidade.

Enfim, assegurado o Poder, a cooptação de Líderes para Cargos Públicos e ou Políticos, passa a ser o mote maior, com um gradativo e acentuado Movimento de desmobilização Popular. Além disso as Políticas Públicas tomam um rumo bastante Paternalista, com uma extraordinária remuneração do Capital e acordos políticos com Figuras historicamente oligárquicas e conservadoras e até corruptas.

Gradativamente o PT se transformou num Partido igual aos outros, inclusive se confundindo no quesito Corrupção. As Eleições, por culpa principalmente do Partido, perderam a sua essência política, no sentido do Debate de ideias ou propostas, confundindo-se com os demais, num esvaziamento sem precedentes na História do Brasil. Resta a alguns pequenos Partidos a tentativa da discussão Política, com seus parcos minutos Midiáticos, num massacre legal arquitetado pelas grandes Agremiações.

Eis o PT, outrora exemplo para o Mundo, hoje confundido pelo Povo Brasileiro, numa mesmice política, não transferindo mais votos, descaracterizado, perdido nos seus próprios conchavos e fadado ao fracasso, mas com uma única Esperança, e aí só a Dialética para salvá-lo, fazendo uma autocrítica e uma volta às suas origens.

Prof. Afonso Ivo de Lira

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