A frase “O Petróleo é Nosso!” foi
dita pelo escritor Monteiro Lobato, na época, um dos mais influentes
intelectuais do país. Suas palavras serviram de slogan para a campanha que
defendia a soberania nacional na exploração do recurso mineral, isso na década
de 1940. A estatal Petrobrás , criada em
1953 na gestão democrática de Getúlio Vargas, é desde então a grande responsável
pela produção petrolífera brasileira.
O tão cobiçado “ouro negro” só
foi encontrado em 1939, numa cidade baiana, que curiosamente ostenta o nome do
escritor paulista: Lobato. Começa então a exploração maciça no Recôncavo Baiano,
e é no município de Candeias que se encontra o petróleo acumulado para a
atividade comercial. Já em 1963, o monopólio torna-se integral, isto é,
controle total do Estado na importação e exportação do produto e seus
derivados. Esse monopólio será quebrado trinta anos depois, mais precisamente
em 1997.
Hoje o Brasil é autossuficiente em
petróleo, e a Petrobrás, que mesmo sendo uma empresa de economia mista, tem
como acionista majoritário a União. É a quarta maior petrolífera do mundo, a
segunda entre as empresas de capital aberto. E após a descoberta do pré-sal, as
ações só subiram. O globo está de olho nos mares tupiniquins. Todos contam os
segundos para verem a infinidade de barris sendo negociados pelos quatro cantos
do planeta. As previsões de Monteiro Lobato eram verdadeiras: Temos um
potencial gigantesco!
Só que não existe mais o
sentimento do “Petróleo é Nosso”, não no sentido de Nação. O que existe é “O
Petróleo é Meu!”. Mais de 200 mil pessoas foram as ruas do Rio de Janeiro,
apelar para que a Presidenta Dilma vete o projeto de lei que redistribui os
royalties da produção, equilibrando os ganhos com todos os estados da União. Porém
o Rio e o Espírito Santo se sentem lesados. Artistas do porte de Fernanda
Montenegro engrossaram o “coro do veta”.
Sexta, ao que tudo indica,
ocorrerá um veto parcial, agradando assim a gregos e troianos. Enquanto os
olhos da imprensa, políticos e empresários estão focados nessa questão, foi
divulgada uma pesquisa realizada por uma empresa de consultoria britânica, em
que o Brasil fica em penúltimo lugar, numa lista de 40 países pesquisados, na
qualidade educacional. Só a Indonésia teve um resultado pior que o nosso. Pois
bem, por essa ótica, Lobato está errado. O utópico achava que a exploração de
petróleo colocaria nossa população em outro patamar. Errou feio.
NÃO!!!
ResponderExcluirÉ dos poderosos...né Eike?