sexta-feira, abril 19, 2013

Políticos Evangélicos Não me Representam



Na Charge aparece Garotinho, mas podia ser qualquer outro...

Silas Malafaia e Eduardo Campos juntos?  Pois é, tudo indica que o polêmico pastor vai mesmo apoiar a candidatura do líder do PSB à presidência da Republica em 2014. Em entrevista recente a Rádio JC/CBN, Malafaia foi só elogios a Campos e disse que achava o Governador de Pernambuco bem mais preparado do que a Presidenta Dilma e o pré-candidato tucano Aécio Neves.  Em 2010, o pastor e líder da Assembléia de Deus Vitória em Cristo fez campanha a favor de José Serra, chegando a participar do guia eleitoral do figurão do PSDB.

Foi-se o tempo em que evangélico não se metia em política. Na verdade, muitos pastores pregavam que a política era “coisa do mundo” e por isso “os crentes não deveriam se envolver com essa coisa do cão”. Obviamente que esse extremo não é sadio. Embora a Bíblia chame os cristãos de “Cidadãos do Céu” e recomende que o foco seja na “vida que está porvir”, há nela diversos relatos em que através da política, reis e profetas atuando de maneira honrosa, promoveram transformações que geraram benefícios a sociedade, ou pelo menos parte dela. Podemos citar aqui, Moisés, Josué,Ester, Neemias, Davi,Salomão e Daniel.

A política não é uma força demoníaca que deve ser evitada. A Igreja deve sim estar antenada nas questões que envolvem o bem comum, deve atuar na luta por melhores condições de vida, por uma divisão monetária mais justa e principalmente lutar contra a corrupção que se alastra nas três esferas de poder. Só que o problema é que um novo extremo foi formado: Ouve uma “invasão pastoral” que tem mostrado desinteresse aos anseios do povo brasileiro e parece que deseja apenas reforçar as suas denominações (e não o segmento evangélico como um todo) com o subsídio do poder público.

Aqui em Pernambuco, a Assembléia de Deus, sob a liderança do Pastor Aílton José Alves vem colhendo os frutos desde que construiu um conchave com o PSB. Conseguiu eleger um Deputado Estadual: Presbítero Adauto; e um Deputado Federal: Pastor Eurico. É tanta afinidade que o Governador Eduardo Campos tem acesso ao púlpito da igreja, coisa que membros comuns não têm. E o engraçado nisso é que Campos não é convertido a fé evangélica. Coincidência ou não, fato é que a faraônica obra de ampliação do templo central da denominação, que fica no centro do Recife, na Av. Cruz Cabugá, esquina com a Av. Mário Melo, passou sem nenhuma dificuldade por todas as secretarias e autarquias da Prefeitura, mesmo sendo considerada uma obra de grande impacto.

Numa entrevista polêmica e bombástica, Silas disse a jornalista Marília Gabriela que pretende aumentar o número de congregações de sua denominação. Não seria esse um bom motivo para apoiar Eduardo? É seria. E também deve ser um excelente motivo para os evangélicos abrirem os olhos e não deixar que os púlpitos sejam palanque eleitoral e muito menos permitir que as igrejas virem currais de candidatos que não representam o Evangelho do Reino. Dados do Transparência Brasil mostram que a bancada evangélica é a mais faltosa, mais inexpressiva - com relação à criação de projetos de lei - e todos (isso mesmo, TODOS) respondem processos judiciais. Agora me digam: Eles representam o Cristianismo? Se a resposta for um sonoro não ( e deve ser), então eles também não te representam como cristão. Sejamos mais lúcidos pelo amor de Deus!

2 comentários:

  1. Isso...nenhum presta!!!
    Todos pilantras...fora bancada evangélica!!!!
    Vcs não representam o cristianismo...só os seus próprios interesses...

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