quarta-feira, abril 03, 2013

Afinal,quem te representa?


Nada como uma charge pra suavizar as polêmicas...

Todos os dias, vejo pessoas no Facebook publicando fotos com uma plaquinha dizendo o que são, ou o que fazem da vida e em seguida a sentença: “Feliciano não me representa.” Mas afinal, qual político representa essa galera? Será que elas lembram do seu voto? Será que cobram do político eleito que faz a sua representação no Congresso? Vamos lá, me diga qual foi o projeto de lei que o seu parlamentar criou? Qual a relevância social do seu mandato? Ah, você não sabe? Poxa vida, parece ser tão engajado politicamente, pelas suas postagens...

Essa novela do Marco Feliciano já tá enchendo o saco. Não gosto dele, acho o dito cujo um tremendo panaca, mas não dá pra aturar esse papinho de que “a sociedade não quer que ele fique a frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara”. Um grupo minoritário, dentre as minorias representadas pela comissão vem fazendo todo esse alarde midiático, e já passa dos limites do bom senso. A turma GLBT tá correndo atrás do cara até nas igrejas em que ele vai pregar e lá faz protesto. Que é isso? Não podemos confundir o pastor com o deputado. São atividades bem distintas. E o pior disso tudo é ver questões mais sérias serem totalmente esquecidas. Vocês ainda lembram de um tal Renan Calheiros?

Outra coisa que não é mencionada, é que o papel do Presidente de uma comissão é a mediação. Ele atua como um magistrado, sendo os parlamentares que estão na bancada as vozes vorazes no debate de cada questão levantada. Acho o Feliciano o cara errado no lugar errado? Acho. Todavia, a sua presidência é mais inofensiva do que muitas outras que estão por aí. Bem mais grave é ter mensaleiros condenados pela justiça fazendo parte da Comissão de Constituição e Justiça, diga-se de passagem, a mais importante do Congresso.

O brasileiro vive falando de sua "casta política". Queixa-se da corrupção, da falta de políticas públicas, mas na hora de cobrar de quem se vota, todos parecem indispostos. Bem verdade que há progresso em relação a isso. A internet vem sendo uma ótima ferramenta, só que em todo caso, as reivindicações de questões efêmeras passam a tomar o lugar das mais urgentes e até essências. Não é só Feliciano que não me representa, existe uma corja na qual eu não me identifico. Talvez o Tiririca, por ser palhaço por profissão, represente melhor a nossa brava gente tão manobrada, principalmente pelo 4º poder.   

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