Nada como uma charge pra suavizar as polêmicas...
Todos os
dias, vejo pessoas no Facebook publicando fotos com uma plaquinha
dizendo o que são, ou o que fazem da vida e em seguida a sentença:
“Feliciano não me representa.” Mas afinal, qual político
representa essa galera? Será que elas lembram do seu voto? Será que
cobram do político eleito que faz a sua representação no
Congresso? Vamos lá, me diga qual foi o projeto de lei que o seu
parlamentar criou? Qual a relevância social do seu mandato? Ah, você
não sabe? Poxa vida, parece ser tão engajado politicamente, pelas
suas postagens...
Essa
novela do Marco Feliciano já tá enchendo o saco. Não gosto dele,
acho o dito cujo um tremendo panaca, mas não dá pra aturar esse
papinho de que “a sociedade não quer que ele fique a frente da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara”. Um grupo minoritário,
dentre as minorias representadas pela comissão vem fazendo todo esse
alarde midiático, e já passa dos limites do bom senso. A turma GLBT
tá correndo atrás do cara até nas igrejas em que ele vai pregar e
lá faz protesto. Que é isso? Não podemos confundir o pastor com o
deputado. São atividades bem distintas. E o pior disso tudo é ver
questões mais sérias serem totalmente esquecidas. Vocês ainda
lembram de um tal Renan Calheiros?
Outra
coisa que não é mencionada, é que o papel do Presidente de uma
comissão é a mediação. Ele atua como um magistrado, sendo os
parlamentares que estão na bancada as vozes vorazes no debate de
cada questão levantada. Acho o Feliciano o cara errado no lugar
errado? Acho. Todavia, a sua presidência é mais inofensiva do que
muitas outras que estão por aí. Bem mais grave é ter mensaleiros
condenados pela justiça fazendo parte da Comissão de Constituição
e Justiça, diga-se de passagem, a mais importante do Congresso.
O
brasileiro vive falando de sua "casta política". Queixa-se da
corrupção, da falta de políticas públicas, mas na hora de cobrar
de quem se vota, todos parecem indispostos. Bem verdade que há
progresso em relação a isso. A internet vem sendo uma ótima
ferramenta, só que em todo caso, as reivindicações de questões
efêmeras passam a tomar o lugar das mais urgentes e até essências.
Não é só Feliciano que não me representa, existe uma corja na
qual eu não me identifico. Talvez o Tiririca, por ser palhaço por
profissão, represente melhor a nossa brava gente tão manobrada,
principalmente pelo 4º poder.
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