“Quem gosta de dinheiro nunca se sacia de dinheiro. Quem é apegado
às riquezas, nunca se farta com a renda. Isso também é fugaz!”
(Eclesiastes 5:9)
(Eclesiastes 5:9)
De acordo com a parábola do Rico Insensato (Lc 12: 16-21) o acúmulo de
riqueza: 1. Leva ao engano de que se está seguro. 2. Faz com que o Homem sinta que a realização
está em si mesmo - na busca pelo prazer. 3.
Desagrada a Deus. As palavras de Jesus contra o acúmulo de bens materiais foi
assimilada por seus discípulos, tanto que o apóstolo Paulo aconselha o jovem
Timóteo a contentar-se com o que já possui, e como Homem de Deus, fugir da
ambição de tornar-se rico (I Timóteo 6:8-11). Tal conceito era assimilado ao pé
da letra, ao ponto de os primeiros cristãos venderem seus bens e repartirem com
os necessitados (Atos 2:45).
Atualmente, o apelo pseudo-teológico de prosperidade individual vai de
encontro com a associação que as Escrituras fazem a respeito da riqueza. Na Bíblia,
os ricos são opressores, injustos e cruéis. Há uma série de oráculos proféticos
contra as classes dominantes e a desigualdade social por eles promovida (Isaías
3:14;15, Jeremias 2:34, Amós 5:12, Tiago
5:4). Nota-se que os profetas de Israel, e posteriormente os discípulos de
Cristo, eram as vozes que denunciavam todo tipo de injustiça. Pois bem, tal voz
não deve se omitir em nossos dias. A Igreja não pode ter um discurso mantenedor
do status quo, ao contrário, deve
denunciar as mazelas oriundas da concentração de renda.
Quando anseio riqueza, esqueço-me de que ela é produto da exploração de
milhares de outras pessoas. Já pensou no volume de pobres necessários para
sustentar uma pessoa rica? Esse acúmulo de capital tão desonesto está em
desacordo com a vontade divina, que sempre se preocupou com o bem estar social
e o cuidado para com os necessitados, sobretudo órfãos e viúvas (Tiago 1:27), pois
não dispunham de renda. Cuidar dos pobres estava registrado na Lei Mosaica ( Êxodo
23: 6, Levítico 19: 10, Deteuronômio 15: 7) e respaldado pelo ensino de Cristo
(Mateus 25: 36-40).
Não acumulemos tesouros na terra (Mateus 6: 19-21), foquemos o Reino dos
Céus e descansemos em Deus, certo de que tudo aquilo que necessitamos Ele
proverá, segundo a Sua soberana vontade. Jesus além de ensinar, nos deixou um
exemplo. Ele não tinha nem onde reclinar a cabeça (Mateus 8: 20), mas o que
tinha em sua bolsa de mantimentos repartia e dava a quem precisava (João
13:29). Por isso, administremos bem os nossos recursos, não sejamos avarentos e
usemos nossas finanças na missão de levar o Evangelho todo à todos os homens. Soli
Deo Gloria.
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