Depois dessa declaração da
jornalista potiguar, Micheline Borges, fiquei a vontade para falar sobre um
assunto que não iria abordar nesse blog. Não estava entendendo muito bem o que
os médicos da nossa terrinha tinham contra os médicos estrangeiros, sobretudo
cubanos, que chegavam para trabalhar nos locais rejeitados por nossos doutores.
O polêmico programa do Governo Federal, denominado “Mais Médicos” prioriza “os
filhos da terra”, só que estes não estão querendo exercer o que juraram (juramento
Hipócrita ou de Hipócrates?) em cidades interioranas do Norte e Nordeste.
Em Fortaleza, os médicos
vindos de Cuba foram vaiados e hostilizados. E o que chamou a atenção de todos?
A aparência “nada agradável”. Puxa vida, que decepção... Eles não têm os traços
caucasianos que os nossos doutores exibem. Nós temos uma tradição de sermos
atendidos por médicos de pele e olhos claros que tem bordado no jaleco um
sobrenome oriundo de uma herança europeia. Esse é o biótipo do médico nacional.
Gostamos deles assim.
O que será de nós a partir
de então? Será que estamos preparados para sermos examinados, isto é, tocados,
por mãos negras? Não é comum vermos tais mãos segurando estetoscópios e
bisturis. Ficamos mais tranquilos ao ver essas mãos sentando tijolos, dirigindo
carros, varrendo,cozinhando... Prescrever receitas é uma novidade que assusta
os mais tradicionalistas. Só de pensar nisso ficam nervosos e apreensivos.
Como nossa Saúde, a Educação
também é caótica, diante desse fato lamentável, precisarei explicar que fui totalmente
irônico no segundo e no terceiro parágrafo. Melhor esclarecer do que ser
acusado de racista pelos milhões de analfabetos funcionais que residem na web-esfera.
A Presidente Dilma e o Ministro Alexandre Padilha se manifestaram contra os
ataques preconceituosos e xenofóbicos que deram as “boas-vindas” aos cubanos. Sinceramente,
que os médicos provenientes da “Castrolândia” desempenhem um bom trabalho e
curem o nosso povo de uma virose maldita: O Velato
Racism.

Nenhum comentário:
Postar um comentário