Esse texto está longe de ser uma análise minuciosa e bem
apurada da conceituação política de ideologias distintas: A Direita e a
Esquerda. Na verdade é uma pífia elucubração de alguém que deseja escrever para
gastar um pouco do seu tempo tedioso. No entanto, gostaria de deixar claro que
não tenciono tomar nenhum partido, até porque não tenho nenhum. Tudo que me vem
à cabeça é que precisamos rodar o moinho da História e renovar alguns
discursos.
Primeiramente, é bom fazer o resgate histórico a cerca de
quem era Esquerda e quem era Direita. Temos que ir até Paris, século XVIII e
diferenciar a posição dos Jacobinos e Girondinos na Assembleia Nacional.
Enquanto os primeiros queriam mudar o sistema vigente, os segundos eram a favor
da manutenção dos privilégios que gozavam clero e nobreza. Interessante é que
os esquerdistas eram pequenos burgueses e a sua utopia era o liberalismo. O
tempo passou, a burguesia tomou o poder e o liberalismo não promoveu a
igualdade entre os homens. Era um discurso fake...
No próximo século, com o Capitalismo bombando, surge novos
conceitos políticos e econômicos. Estes recebem diversos nomes: comunistas,
socialistas, anarquistas, libertários...Todos preocupados com a classe oprimida
pelo terrível “Capital Selvagem”. A burguesia agora é a Direita e quem toma o
seu lugar são os operários e camponeses, que ficaram conhecidos como
proletariados, termo que pertence a Marx.
Outro século vem e o Socialismo sai do papel com a Revolução
Russa de 1917. Porém não foi uma boa experiência. Aquele grande país feudal
teve sua população submetida à pobreza extrema e ao poder totalitário de Stálin
e sua corja burocrática. O século XX, aliás, foi repleto de ditaduras. Teve pra
todo gosto. Desde as esquerdistas de Mao Tse Tung na China e de Fidel em Cuba,
até as direitistas militares como as de Pinochet e Franco. O período que mais
floresceram os regimes ditatoriais foi durante a Guerra Fria, com os Estados
Unidos e a República Soviética “puxando o bonde”. Mas já faz 20 anos que o muro
de Berlin foi abaixo. Então porque ainda pensamos de uma maneira tão
bipolarizada?
Acredito que ficar bipolarizando o discurso político é um
entrave para o progresso (defendido pelas duas correntes, obviamente numa
perspectiva díspar). Logicamente, não há como abolir a ideologia.
Essencialmente, Direita e Esquerda vão sempre existir, a questão é que o
pragmatismo político tornou a ideologia multifacetada. Hoje você pode falar de
várias esquerdas, assim como várias direitas, ambas com seus representantes
extremistas e maleáveis.
Os 12 anos do governo petista nos deu amostras suficientes
que é necessário ruir com essa visão dicotômica para gerir o que especialistas
chamam de “Estado Logístico”. Mesmo sendo um partido com uma doutrina
esquerdista em sua origem, hoje conta com o apoio de grandes empresários, fez
conchavos com antigos adversários e nunca na história desse país, vimos tanto
dinheiro nas mãos da classe C e dos banqueiros. Não visa acabar com a ordem vigente e até copiou programas do governo FHC, todavia, existe uma preocupação com o social e avançou muito nessa área.
O que não dá é avaliar o atual cenário político-econômico, como se estivéssemos sentados na reunião dos Estados Gerais convocadas por Luís XVI. Muito menos numa sala de cinema assistindo a um filme do James Bond onde os comunistas eram os malvados. Os vilãos não têm religião, orientação política, classe social e etnias uniformes. Por isso, tome muito cuidado...
O que não dá é avaliar o atual cenário político-econômico, como se estivéssemos sentados na reunião dos Estados Gerais convocadas por Luís XVI. Muito menos numa sala de cinema assistindo a um filme do James Bond onde os comunistas eram os malvados. Os vilãos não têm religião, orientação política, classe social e etnias uniformes. Por isso, tome muito cuidado...
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