Penso como o autor, que afirma que a igreja não pode ignorar uma observação feita por Charles Spurgeon apontando uma apatia que está por toda parte nas igrejas, onde ninguém está preocupado em verificar se o que está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Por exemplo: Um sermão é um sermão, não importa o assunto; só que, quanto mais curto melhor. E o interessante é que a frase é de Spurgeon e apesar de ser um grande representante da teologia, poucos que se dizem teólogos conhecem e se conhecem desconhecem suas pertinentes observações.
Vivemos tempos onde a igreja tem deixado de ser influente e tem se influenciado, uma igreja que em oferecido sua “mercadoria” (o EVANGELHO) a gosto de seu cliente e diga-se de passagem assim como no comércio, o cliente sempre terá razão e você que oferece o seu produto tem que adequar suas estruturas para bem atender sua clientela. Outro detalhe importante: Em I Coríntios 3:6, Paulo, um dos principais líderes da igreja em seu tempo, diz que ele e Apolo tinham funções, ou melhor, cumpriram com funções distintas no Reino de Deus e o crescimento era de responsabilidade do próprio Deus. Nos dias de hoje o fascínio pelo crescimento é tamanho que líderes das igrejas evangélicas meio que participam de um duelo incessante para atrair seu clientes. Uma das provas disso é que hoje não é mais o Cristo o Senhor de muitas igrejas, hoje existem os SENHORES, aqueles que vivem buscando fama, vivem auto se afirmando nas rádios, televisões e outros meios de persuadir suas vítimas, ou melhor seus clientes...
Dia desses, assistindo a TV, vi as pessoas afirmando que foram curadas pelo Deus do apóstolo, um Deus agora particular, um Deus que não é mais o Deus de Israel, não é mais o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Agora é um "deus privativo", um deus de alguns, apenas. Deus de algumas Igrejas que auto se intitulam Igreja isso ou Igreja aquilo e não mais a Igreja de Cristo.
Tem se ouvido falar muito em avivamento, avivamento disso, avivamento daquilo... E se quer sabem o que de fato é avivamento. Falam como se avivamento fosse realizar eventos. Como se avivamento fosse o louvorzão, as sorvetadas ou mesmo os acampamentos. O avivamento de Deus vem por intermédio do conhecimento da Palavra. Vem a partir dos joelhos dobrados em oração e aí mora um grande problema, pois a maioria dessas igrejas deixam a desejar quando o assunto é oração. Quando o assunto é o conhecimento da Palavra, basta ver a frequência de nossos encontros de oração e doutrina , ou mesmo nossas escolas bíblicas, segundo estatísticas apenas 17% dos membros de nossas igrejas oram regularmente ou mesmo leem a palavra regularmente.
Penso que não é o mundo, ou melhor dizendo, o cliente quem estipula os padrões do que é e do que não é aceitável. “Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (I Coríntios 3:18-19). É tolice buscar a aprovação da sabedoria humana; o alvo em si mesmo, é incompatível com a mensagem e integridade de Deus. Infelizmente com interesses dos mais variados possíveis, hoje em cada esquina surge uma igreja. Surge uma suposta casa de “deus”, com líderes sem preparo algum e quando preparados boa parte manipuladores da verdade e inconsequente em suas mensagens, falando de um deus tirano, falando de um deus que pune quem não se dobra as falácias humanas, um deus bonachão que aceita tudo e que pra se achegar até ele não precisa fazer nada, sem sacrifícios, sem renúncias, sem mudança, basta vir e investir de todas as maneiras nessa RELIGIÃO SHOW.
Sei que muitos se quer irão ler o texto. alguns poderão não entender, pensando talvez que eu esteja com vergonha do evangelho. De maneira alguma teria motivos para me envergonhar do verdadeiro evangelho. Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia (II Timóteo 1:12). Infelizmente, vergonha temos em nos deparar com o que tem acontecido em muitos arraias Brasil a fora. Uma tentativa desesperada em viver um evangelho sem sentido, uma evangelho que não produz frutos e frutos que de fato permaneçam e não apenas durem alguns dias pós encontros “avivados”. Que O Bom Deus tenha misericórdia de nossas invenções e nos perdoe por tentar ser o que não somos!!!
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