“Teologia é como
comida, se boa alimenta, se estragada pode matar. Não exponha sua família à
morte.”
Ariovaldo Ramos
Logo que eu li essa
frase, me lembrei do desenho feito pelo cartunista e calvinista Daniel Clós. Esse
mesmo que estampa o post e retrata um
Chef no púlpito servindo um variado cardápio para um carinha que está mais para
guloso do que para faminto.
É o típico retrato
dos evangélicos brasileiros, que servidos dos “pratos gospels” ficam empanzinados
com tamanha quantidade de fast-food. É
a comida pronta que não requer esforço para ser preparada. Ninguém vai mais para
cozinha. Sentam-se logo à mesa e esperam o banquete. Tudo rápido e prático, todavia,
prejudicial.
A saúde espiritual
do brasileiro não vai nada bem. Isso porque o que alimenta e nutre não está
sendo servido. Muitas das igrejas cuja mensagem são receitas de sucesso
engordam seus fiéis, deixando-os obesos. As guloseimas servidas vem com a
promessa de retirar toda e qualquer amargura da vida. São boas para os olhos e
para o paladar. Trocando em miúdos: A igreja está gorda!
Precisamos de uma
dieta urgente. Cortar toda essa gordura e comer o alimento nutritivo e
saudável. Qual? O Pão Vivo que desceu do Céu:
“Eu sou o pão vivo
que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que
eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. Disputavam, pois, os
judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?
Jesus, pois, lhes
disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do
homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a
minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no
último dia.
Porque a minha carne verdadeiramente é comida,
e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue permanece em mim e eu nele.”
João 6:51-56
Quando Jesus faz
esse discurso, para uma multidão que só o seguia por tê-lo visto multiplicar
peixe e pão, muitos o abandonam. Não satisfeito, Jesus ainda pergunta para os
doze se estes também não querem ir embora, ao que Pedro responde (João 6:68): “Senhor,
para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.”
O que podemos tirar
de lição dessa passagem? Primeiro: Cristo é a essência da vida. Não há
cristianismo verdadeiro quando o foco é outro. Milagres e bênçãos tem tomado o
lugar do arrependimento e da crença do sacrifício vicário. A cruz não tem sido
suficiente para muitos que desejam comer o melhor dessa terra ao invés de
ajuntarem tesouros no céu.
Segundo: A mensagem
não pode ser modificada ao “gosto do freguês”. O que vemos é um Cristo enfático
em seu ensinamento, ousando até a ficar sozinho com suas convicções, caso os
doze fossem embora também após sua provocação.
Por fim: O sexto
capítulo do Evangelho de João ressalta a perseverança dos eleitos. Jesus responde
a afirmação de Pedro da seguinte forma (João 6:70): “Não vos escolhi a vós doze?”
Ele sabia que os apóstolos continuariam ao seu lado, pois foi Sua vontade
tê-los consigo, com a exceção de Judas, o Traidor.
Fique, pois, atento
ao que você anda ingerindo por aí. Tem procurado fazer a vontade do Pai ou
saciar seu apetite carnal? Quer fazer parte de uma igreja gorda ou de uma
igreja bem nutrida? Se você é um cristão genuíno, então deve colocar no prato
exatamente aquilo que o Mestre colocava:
“A minha comida consiste em
fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.”
João 4:34
João 4:34
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