domingo, julho 10, 2011

Quatro Ventos


Um poeta que perde a inspiração;
Não deveria insistir em escrever.
Mas ele escreve só por teimosia.
Mesmo não rimando amor com dor!
Pobre escritor perdeu tudo que tinha.
Não tem uma musa que lhe inspire;
Nem uma desilusão pra fazê-lo chorar.
Amar? Isso nem pensar! Tornou-se racional.
É tanto que não sabe o que é o pranto.
Uma pessoa assim ainda almeja ser poeta!
Como pode ser isso Deus Santo?
Quando morrem os sentimentos a letra perece.
Já não faz mais sentido palmeiras e sabiás...
E as pedras saem todas do caminho.
Pare de escrever poeta desalmado!
Não cometa tamanho sacrilégio!
A poesia não é ofício, é privilégio.
Pertencem a todos que não escutam a razão.
Pertencem aos que cedem a emoção.
E deixam os sentimentos berrarem;
Se espalhando aos quatro ventos.

Um comentário:

  1. ótimo poema meu amigo, agora não sei se você ja leu jão cabral de melo neto, ele é o avesso do que você escreveu, dscorda de tudo que voce escreveu, eu concordo em partes com você. Mas te peço uma coisa, da uma lida nele, se tu nao leu ainda, tu vai ver, o cara faz você chorar escrevendo sobre a pedra.

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